FENAJUFE reafirma construção da greve durante Ato no Dia do Trabalhador

Por Leonor Costa
Jornalista FENAJUFE

Na manhã de sábado, cerca de 150 servidores do Judiciário Federal e do MPU presentes no 5º Congrejufe participaram do ato em comemoração ao Dia do Trabalhador, em Maceió. A atividade foi organizada pela CUT/AL junto com outras entidades sindicais alagoanas. Servidores públicos, bancários, urbanitários, estudantes e trabalhadores rurais formaram a manifestação, que teve concentração às 10h na praia Ponta Verde e depois seguiu até a praça Multi Eventos, na praia de Pajuçara, reunindo em torno de mil pessoas. Os congressistas saíram da porta do Ritz Hotel em caminhada até o local da manifestação.

A redução da jornada de trabalho e a geração de empregos foram a temática principal das intervenções dos manifestantes. Além desses pontos, os representantes dos servidores do Judiciário e MPU falaram da campanha salarial dos SPFs e dos principais pontos da pauta de reivindicações, como o reajuste emergencial linear para todo o funcionalismo federal. As reformas que estão sendo implementadas pelo governo Lula e o reajuste zero também foram duramente criticadas nos posicionamentos da categoria. Os diretores da Fenajufe Cláudio Azevedo e Caio Teixeira, junto com outros servidores da base, conduziram as intervenções da caminhada até o local do ato.

Já próximo à praça Multi Eventos, os congressistas se juntaram aos demais trabalhadores. Carros de várias categorias compunham a passeata. No ato, falaram dirigentes de entidades, como a Fenajufe, Fenasps, MST, CPT (Comissão Pastoral da Terra), CMP (Central dos Movimentos Populares) e CUT de Alagoas.

Em sua fala, Caio Teixeira, que discursou em nome dos servidores do Judiciário Federal e MPU, informou que a categoria está se preparando para deflagrar a greve nacional no próximo dia 18 de maio, contra o reajuste zero e em favor da recomposição das perdas salariais para todo o funcionalismo público federal. Ele defendeu que os trabalhadores devem comemorar neste dia 1º a capacidade de luta e pressão da classe trabalhadora. “O que temos que comemorar hoje é a nossa capacidade de luta, que começou há mais de um século com um massacre dos trabalhadores, que na primeira grande greve feita em defesa dos direitos, em defesa da redução da jornada de trabalho foram massacrados nas ruas pela polícia e pelos patrões. Com esse ato começou a luta dos trabalhadores, que nunca parou”, lembrou.

Ele defendeu a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários como bandeira assumida pelo conjunto da classe trabalhadora. Caio também falou da deflagração da greve nacional dos SPFs, a partir do dia 10 de maio, e ainda das categorias que já iniciaram o movimento grevista, como os da base da Fenasps (previdenciários e saúde) e do Unafisco Sindical (fiscais da Receita Federal). “A greve, que começa dia 10, vai se alastrar por todas as categorias e o Judiciário e o MPU não vão fugir dessa luta. Estaremos juntos nesse movimento e vamos deliberar amanhã na plenária final de nosso congresso”, ressaltou. Ele criticou, ainda, o reajuste zero para o Judiciário e MPU, a quebra da paridade entre aposentados e ativos e a política econômica adotada pelo governo.

Fonte: FENAJUFE