Requerimento de urgência para projeto rebaixado perde força

O governo está tentando mais uma manobra contra a derrubada do veto ao PLC 28/15, desta vez com a apresentação de pedido de urgência para a votação, na Câmara, do PL 2.648/15, projeto rebaixado de autoria do STF. No entanto, os servidores seguem firmes na luta pelo PLC 28/15 e, nesta quarta-feira, 9, realizaram mais um ato público em Brasília, além de pressão constante junto a parlamentares.

No Ato Nacional, os manifestantes também pediram a antecipação da sessão do Congresso Nacional e a derrubada do veto presidencial ao PLC 28/2015. Mesmo com um número menor de servidores esta semana, o ato cumpriu sua finalidade e manteve o Congresso sob pressão. Novamente o pelotão das vuvuzelas – vedete das manifestações – associado às faixas e à atuação impecável de quem continua ativo na luta, entregou a mensagem dos servidores ao principal alvo: Renan Calheiros.

A sessão do Congresso Nacional que analisaria os vetos presidenciais – dentre eles o 26, referente ao PLC 28/2015 – aconteceria no dia 2 de setembro. Fruto de manobra regimental, a determinação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), foi pelo encerramento por falta de quórum.

Se fora do Senado a pressão ditava a ritmo, dentro eram as articulações, o trabalho de convencimento e o corpo-a-corpo, ora em abordagens individuais, ora pelo paredão montado pelos servidores entre os salões Verde (Câmara dos Deputados) e Azul (Senado Federal). Divididos em grupos e com tarefas específicas, dirigentes e servidores buscavam apoio aos pedidos de antecipação, entre eles dois colegas de SC.

Os requerimentos de antecipação para 15 de setembro feitos pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), José Medeiros (PPS/MT), Paulo Paim (PT/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA) continuam pendentes de apreciação no plenário do Senado. A data de 15 de setembro para a nova sessão conjunta do Congresso Nacional é, na avaliação do Comando Nacional de Greve, mais própria para que o trabalho de convencimento dos parlamentares possa ser intensificado.

Requerimento de urgência

Na Câmara dos Deputados o trabalho continuava com foco no PL 2648/2015, originado da proposta rebaixada negociada entre o governo e o STF e rejeitada pela categoria. O objetivo era impedir que o requerimento de urgência para o PL, apresentado pelo líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT/CE), fosse votado.

O pedido de Guimarães tem ainda o apoio dos líderes do PMDB, deputado Leonardo Picciani, do RJ; do PRB, Celso Russomano, de São Paulo; do PSD, Rogério Rosso, do DF, e outras lideranças. No fim da tarde o PSD voltou atrás e desistiu do pedido de urgência.

Mais uma vez a pressão deu certo e o requerimento não foi votado. Informações repassadas aos dirigentes da Fenajufe davam conta de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), não tem o requerimento de urgência como prioridade e que ele iria a plenário apenas após a apreciação do veto 26 pelo Congresso.

CNG Ampliado

Nesta quinta-feira, 10, o Comando Nacional de Greve Ampliado vai se reunir a partir das 10 horas, em Brasília. Com a greve chegando a um momento delicado e devido às manobras regimentais que derrubaram a sessão do Congresso Nacional marcada para 2 de setembro, o Comando quer promover discussão mais aprofundada. As perspectivas do movimento e a adoção de novas abordagens para a luta pela derrubada do veto ao PLC 28 estão entre os temas a serem discutidos. 

Da Fenajufe e Sintrajufe com edição do Sintrajusc