Lançamento do Documentário Vou-me embora Protestando; Sintrajusc apóia iniciativa

Nesta quarta-feira, dia 13 de dezembro, completam-se 38 anos de instituição do AI-5. Para marcar a data com uma reflexão sobre este período histórico, as alunas de jornalismo da Unisul, Carolina e Coral e Mariana Costa Lima, exibem o documentário Vou-me Embora Protestando, que revela, através de depoimentos de ex-militantes, o período da resistência ao regime militar em Florianópolis. Após a projeção pública, que acontece às 19h30min, no Auditório da Justiça Federal (rua Arcipreste Paiva, 107 – Centro de Florianópolis) segue-se um debate com os entrevistados do documentário e ainda jornalistas catarinenses que marcaram a época.
Vou-me Embora Protestando é o projeto de conclusão de curso de Jornalismo orientado pelas professoras Daniela Germann e Clarissa Machado Santos. A exibição conta com o apoio da Unisul, do Sintrajusc (Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina), Memorial dos Direitos Humanos, da UFSC, além do operador de som, Douglas Vianna, que trabalhou em Olga e ainda no filme O maior amor do mundo.
As jovens produtoras Carolina Coral e Mariana Costa Lima acreditam que este assunto no âmbito local é tratado com pouca profundidade nas escolas e universidades; por isso, o evento possibilita um resgate sobre este período significativo e repleto de lacunas da história do Brasil. Vou-me embora protestando é, assim, uma oportunidade de ouvir fragmentos de episódios que marcaram a vida de Gerônimo Wanderley Machado, líder de movimentos estudantis que foi cassado durante a ditadura; Telma Piacentini, atuante nos movimentos feminista e artístico contra o regime; Maria Rita Bessa, viúva do deputado Roberto Motta, figura de destaque nas lutas sociais e políticas, e Manoel Dias, que aos dezoito anos foi preso e teve o mandato de vereador cassado.
Mesmo com a diversidade de vivências e episódios marcantes na vida desses personagens, a ditadura é um assunto delicado de tratar, pois envolve perdas, sofrimento e a censura política. Entretanto, a partir de cada depoente, as produtoras conseguiram transmitir histórias que vão se descortinando como significativas lições de coragem e voluntarismo, além de evidenciar a ruptura cultural entre as gerações que sucederam ao golpe. O que se torna nítido no documentário é que muitas dessas histórias aqui vivenciadas durante o período foram silenciadas com o passar dos anos.
A diretora de entrevistas do documentário é Carolina Coral, 28 anos, que já produziu este ano também a série de reportagens Raízes Açorianas, realizada pelo Telejornal Experimental Metropolitano, da Unisul no Campus Pedra Branca, e o ensaio fotojornalístico Farinhada : a arte do engenho, também realizado na Unisul. Já a direção de fotografia ficou por conta da produtora e formanda de Jornalismo Mariana Costa Lima, 22 anos, que realizou um minucioso olhar estético. A edição é de Alan Langdon, um dos organizadores do Catavídeo e diretor do curta metragem O fim do Mundo, vídeo ganhador do júri popular do Florianópolis Audiovisual do Mercosul deste ano. A produção gráfica é do publicitário Juan Pablo Tramujas.

Serviço

O que: documentário Vou-me embora protestando
Quando: 13/12/2006 – 4ª feira
Onde: Auditório da Justiça Federal – Rua Arcipreste Paiva, 107, Centro – Florianópolis – SC
Horário: 19h30min

Mais informações: lolacoral@yahoo.com.br – 9602-8513