– Servidores federais vão reafirmar data-base na reunião com governo nesta quinta (21)

 

O funcionalismo voltará a defender uma política salarial que contemple a data-base anual da categoria na reunião que terá no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, nesta quinta-feira (21). É nesse encontro que os representantes do governo prometeram apresentar uma posição oficial com relação às reivindicações salariais da categoria.


As negociações gerais envolvem as entidades nacionais dos servidores públicos federais e o Planejamento, além de centrais sindicais. As principais reivindicações giram em torno da revisão anual dos salários, das perdas salariais e da rejeição a projetos que tramitam no Congresso Nacional e que ameaçam direitos previdenciários e trabalhistas do funcionalismo. Os trabalhadores reivindicam de imediato o reajuste de 14,17%, referente ao índice da inflação de 12 meses, pelo IPCA, somado à variação do PIB (Produto Interno Bruto) no período. É defendido, ainda, que seja fixado o dia 1º de maio como referência para a data-base.

Restabelecer a reposição linear e a data-base não é tarefa fácil. A última vez que isso ocorreu foi em 1995, 16 anos atrás, portanto. De lá para cá, prevaleceu uma política salarial que navega entre nada de reajuste e reposições não lineares setoriais, por meio de reestruturações de plano de cargos e de carreiras. A tendência é que o governo tente outra vez fragmentar por carreiras as negociações no campo salarial, como já sinalizou o secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, porta-voz do governo nas reuniões.

Representantes das entidades que integram o fórum nacional dos servidores voltam a se reunir na quarta-feira (20) e na quinta (21), quando devem tentar afinar o discurso para a negociação. A reunião no Planejamento estava inicialmente prevista para acontecer na sexta-feira passada, dia 15, mas foi adiada a pedido do ministério.

O fórum unificado do funcionalismo reúne a Cnesf (Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais) e sindicatos, federações e centrais que não participam desta coordenação, dentre elas a Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU). Os servidores também devem planejar as próximas atividades da categoria, que já realizou três marchas a Brasília este ano, numa atuação conjunta que há pelo menos cinco anos não acontecia.

Fonte: Fenajufe Notícias