Servidores de Alagoas realizam grande ato público em frente ao TRT

No segundo dia de greve, os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União de Alagoas realizaram ato público em frente ao Tribunal Regional do Trabalho, na manhã desta sexta-feira, dia 7. A concentração dos servidores da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal e do Ministério Público da União foi em frente ao Tribunal Regional Eleitoral.

O mesmo trabalho de corpo a corpo, realizado nesta quinta-feira [06] pelo comando de greve, nas Varas Trabalhista, está sendo feito na Justiça Federal, na tarde de hoje [07]. O objetivo é conscientizar os servidores a aderir o movimento grevista nacional.

Comando de greve percorre as Varas Trabalhistas para fortalecer movimento
O Comando de greve percorreu as dez Varas Trabalhistas de Maceió, na tarde de ontem [06], para fortalecer o movimento grevista nacional.

O coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, destacou que a greve não é algo específico, mas é uma mobilização nacional para fazer com que o governo federal ceda aos projetos leis 6.613/2009 e 6.697/2009, que revisam os salários dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União.

Alguns servidores alegaram medo de retaliação para participar do movimento grevista. O sindicalista foi enfático ao afirmar que o Sindjus-AL não vai aceitar qualquer forma perseguição ou retaliação por parte das administrações dos tribunais. “Estamos atentos, caso haja, vamos tomar as medidas judiciais e políticas cabíveis”, informou.

Quanto à transferência de servidores sem critérios objetivos para complementar a carência de força de trabalho no interior, Falcão informou que o sindicato vai tomar as medidas cabíveis, a exemplo de ação judicial.

O outro coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Marcus Robson, ressaltou que a luta da categoria também é para barrar o PLP 549/2009 que visa a sucatear os serviços públicos. A proposta, que já foi aprovada no Senado, e tramita na Câmara, altera a Lei de Responsabilidade Fiscal, congelando gasto com pessoal em todos os setores do serviço público por dez anos. “É dessa forma que o governo quer que os trabalhadores paguem pela crise econômica, pela isenção de IPI entre outros benefícios concedidos aos empresários e banqueiros”.

O sindicalista lembrou que todas as conquistas dos servidores vieram com a mobilização. “A greve é o instrumento que mais sensibiliza o governo federal e o Parlamento. Quanto mais pressão, mais rápido seremos atendidos”, destacou.

Fonte: Sindjus-AL