Quarta tem ato para reforçar luta contra reformas

Em Assembleia Geral nas Varas do Trabalho e na Justiça Federal nesta quinta-feira, 18, os servidores aprovaram fazer Ato no dia 24 de maio para se somar à mobilização nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
O Ato será às 15 horas no prédio das VTs (avenida Beira-mar Norte), para onde estão convidados a se dirigir os servidores da Justiça Federal, Eleitoral e da Justiça do Trabalho. O transporte sairá da JF às 14h30. Depois do Ato, os servidores irão caminhar até o Centro da capital para se juntar aos demais trabalhadores e movimentos sociais na atividade unificada em Florianópolis.
A orientação para os colegas que trabalham fora da Capital é fazer Ato na frente de suas Unidades ou em locais indicados por outras categorias. 
O Sindicato também convida os servidores que tiverem possibilidade a se dirigir ao Aeroporto de Florianópolis nesta terça-feira, a partir das 6 horas da manhã, para recepcionar os parlamentares que se dirigem a Brasília.
 
Sem baixar a guarda
Apesar de o relator da reforma da Previdência (PEC 287/16), deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e do relator da reforma trabalhista (PLC 38/17) no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB- ES), terem declarado à imprensa que a tramitação de ambas esta suspensa em função da mais nova crise político-institucional no governo, a avaliação é que os trabalhadores não podem baixar a guarda. 
A crise é de grandes proporções e teve como primeiras consequências a abertura de inquérito, no STF, para investigar o presidente da República, a pedido da Procuradoria Geral da República, e também o afastamento, do mandato e da presidência do partido, do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Mas o mercado e os grandes empresários continuam cobrando, com aval da grande mídia, as ditas reformas. 
Apesar de Temer dizer que não vai renunciar e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, afirmar que não abrirá impeachment, o presidente pode ser cassado pelo TSE. Se Temer for cassado, o presidente da Câmara – árduo defensor das reformas – assumirá interinamente o comando do país. 
Em qualquer cenário, a pressão contra a destruição da Previdência e das leis trabalhistas tem que crescer ainda mais. Servidores do Judiciário Federal de SC que se inscreveram já estão a postos para a caravana que esta semana sai do estado rumo a Brasília e, tanto lá quanto aqui, nos juntaremos aos que nesta luta irão fazer parte de um momento histórico de defesa dos direitos dos trabalhadores.