Polícia destrincha o crime dos fiscais de Unaí, mas ainda falta o mandante

A Polícia Federal (PF) reuniu autoridades, delegados e imprensa, nesta terça-feira (27), para anunciar que mais um crime que abalou o país foi quase desvendado. Apesar das prisões de seis envolvidos nos assassinatos dos fiscais Nelson José da Silva, João Batista Lages, Erastótenes de Almeida Gonçalves e do motorista Ailton Pereira de Oliveira do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) durante o último fim-de-semana, falta ainda o principal: apontar com suficiência de provas quem é o autor intelectual dos homicídios que ocorreram há exatos seis meses, no dia 28 de janeiro deste ano, em Unaí-MG.

Segundo o chefe da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, Wagner Pinto, que acompanha o caso de perto, a linha de investigação “mais consistente e robusta até o momento” acerca do mandante dos crimes converge para o fazendeiro Norberto Mânica, um dos maiores produtores de feijão do país. O valor das multas aplicadas pelo falecido fiscal Nelson José da Silva a Mânica acumula cerca de R$ 2 milhões. Ele é o fazendeiro cujas multas alcança mais altas cifras na região. E a grande maioria de autuações com o seu nome resultaram da violação de leis trabalhistas. De acordo com o delegado, as investigações e as confissões dos executores confirmam que a motivação do crime foi o incômodo provocado pelas insistentes multas e o alvo principal era Nelson. (Fonte: Agência Carta Maior)