Mucap denuncia gastos com fórum de turismo e abandono da população

O Movimento Unificado contra a Privatização (Mucap) realiza, nesta quinta-feira, dia 14 de maio, a partir das 17 horas uma manifestação pública, com panfletagem, no Ticen. Cinco mil panfletos estão sendo entregues à população para denunciar a política nefasta do governo do estado, que   está gastando 10 milhões de reais na organização do Fórum Mundial de Turismo. Enquanto isso, famílias que perderam tudo nas enchentes continuam desamparadas, vivendo em abrigos em Blumenau. Além disso, serviços de saúde, educação, segurança, transporte ficam cada vez mais precários. O governo Luiz Henrique já privatizou o Hemosc, o Cepon, através de uma organização social, e entregou para a iniciativa privada o Hospital Infantil de Joinville. Agora, pretende fazer o mesmo com o Instituto Estadual de Educação. Confira o texto do Manifesto na íntegra:
 
 
Luiz Henrique da Silveira não se preocupa com o povo
 
          Seis meses se passaram depois que as chuvas e desmoronamentos assolaram nosso estado e deixaram várias cidades destruídas. Infelizmente grande parte das famílias atingidas ainda vive em abrigos improvisados.
          Contudo, as doações feitas por toda a sociedade brasileira (mais de 30 milhões), mais a verba que foi destinada à defesa civil do estado pelo governo federal (mais de 100 milhões) seriam suficientes para a reconstrução da vida dessas pessoas. Mas o governo do estado prova mais uma vez que não se preocupa com a população e que tem compromisso apenas com os grandes empresários.
          Exemplo dessa política nefasta é o Fórum Mundial de Turismo, que acontece em Florianópolis de 14 a 16 de maio e reunirá os 500 empresários mais ricos mundo. Nesse evento o governo do estado vai gastar 10 milhões de reais.
          Quantas casas poderiam ser construídas com esse dinheiro?
          Além disso, os serviços de saúde, educação, segurança, transporte ficam mais precários a cada dia. O Governo de Luiz Henrique da Silveira vem privatizando os hospitais e escolas, a exemplo do que fez com o Hemosc e com o Cepon, através de uma Organização Social e do que pretende fazer com o Instituto Estadual de Educação, entregando-o para uma fundação privada administrar.
          Os trabalhadores da educação e da saúde não recebem reajuste salarial há mais de três anos e a população sofre com a falta de estrutura e vagas nos hospitais e escolas. A categoria dos policiais militares está mobilizada desde dezembro pelo cumprimento da Lei 254, aprovada por Luiz Henrique em 2006, e até agora está só no papel.
          Os operários e outros trabalhadores estão sendo demitidos das empresas ou tendo seus salários e direitos diminuídos. Os agricultores do Oeste estão sofrendo com a seca. Diante de tudo isto, o governo sempre se desculpa por falta de dinheiro, mas o povo não é burro e sabe que não faltam verbas porque paga impostos para isto, acontece que o destino financeiro é priorizado para os ricos.
          Enquanto o governador do estado se reúne com empresários que vão discutir como explorar as naturezas do estado para tirar lucro às custas do lazer e do trabalho do povo catarinense, a população fica submetida a uma política de governo que não respeita os direitos básicos da população.
          Só nos resta nos mobilizar e reivindicar que o governo do estado cumpra com os compromissos que assumiu com o povo!