Estudante do movimento pelo passe livre é ameaçado de morte

Por Marcela Cornelli

Segundo informtivo a Comissão de mães dos estudantes que participam do movimento pelo passe livre e pela redução das tarifas de ônibus na Capital, o estudante Marcelo Pomar, que já respondendo ação judicial, agora sofreu – na tarde de ontem – ameaças diretas de morte. Seus familiares foram orientados pela Secretaria de Segurança do Estado e por alguns parlamentares que apóiam o movimento, a tirá-lo de circulação e colocá-lo em segurança, em local desconhecido, o que denota a gravidade do fato.

Em entrevista à rádio CBN Diário hoje pela manhã, Marcelo Pomar confirmou que estava sendo ameaçado de morte e declarou que a família já está tomando as medicas cabíveis para discobrir quem está fazendo as ligações para a sua casa.

Na última sexta, uma massiva manifestação de rua encerrou uma semana inteira de protestos dos estudantes e população, que agora recebem apoio expressivo da sociedade organizada, como setores da Igreja, OAB, Partidos Políticos, Sindicatos, Associações de Moradores, Federação Comunitária, professores, grupos de mães e pais.

Pressionada pela população, a Prefeita Ângela Amin aceitou abrir negociação numa audiência mediada pela OAB- SC, realizada ontem. Na audiência estiveram presentes o Presidente da OAB-SC, o representante da OAB Nacional, o Presidente da Câmara Municipal, a representante da Prefeita, o representante do Sindicato dos Empresários do Transporte Urbano, Federação, Sindicatos, professores, parlamentares, advogados, economistas e a população que lotou o auditório da OAB.

De lá, sairam garantidas:

1. A abertura imediata de negociação sobre o reajuste da tarifa; próxima rodada na terça-feira que vem;

2. O compromisso do Presidente da Câmara Municipal de encaminhar o processo de abertura de CPI do transporte coletivo, logo que este chegue à sua mesa; isto é, o compromisso de não engavetar, não boicotar a CPI;

3. O compromisso dos responsáveis pela segurança pública de que não haveriam mais agressões aos manifestantes; e de apurar as agressões já perpetradas para punir os responsáveis.

Após a audiência, as manifestações de rua continuaram e às 18 horas a população ocupou as duas pontes de acesso à ilha, impedindo oo trânsito nos dois sentidos.

Da Redação com informações do Informativo da Comissão de Mães e Pais Pró-Movimento e da CBN Diário