Encontro nacional discute software livre para municípios

Começou ontem em Ostras, município do Rio de Janeiro, o 1º Encontro Nacional de Software Livre para Municípios. A iniciativa do evento foi dos próprios municípios e o objetivo é mostrar os resultados que podem ser alcançados com a utilização do Software Livre e a inclusão digital.

No Brasil, 170 mil escolas públicas têm computadores. Dessas, 20 mil têm salas de informática, sendo apenas nove mil com acesso à internet. Segundo o presidente do Instituto de Tecnologia da Informação, Sérgio Amadeu, são gastos anualmente pelo menos US$ 120 dólares com cada um desses computadores com o pagamento de licenças. Se o Brasil implantar 20 novos computadores em cem mil escolas nos próximos anos, estará economizando US$ 240 milhões por ano, disse ele.

Parte dos órgãos governamentais, já utiliza o Software Livre como ambiente de trabalho. No Ministério das Cidades, 20% dos computadores já estão operando com SL e a expectativa é de que, no início do próximo ano, todos as máquinas do ministério já estejam com os novos programas. Para Sérgio Amadeu, a maior dificuldade na implementação é cultural, de quem já usa os proprietários, a gente prefere viver do passado. O coordenador de informática do Ministério, Gustavo Noronha, afirmou que a dificuldade está na adaptação do usuário, já que o programa não é difícil.

Os ministérios da Cultura, Marinha, Aeronáutica, Comunicações e de Minas e Energia também estão passando pelo mesmo processo de migração de softwares, e aderindo ao SL. Ao todo 58 órgãos públicos federais aderiram voluntariamente ao Comitê de Implementação do Software Livre, criado em 2003, com a tarefa de coordenar, articular, planejar e implantar o SL.

A Câmara dos Deputados também irá discutir hoje, 24/08, o tema propriedade intelectual e software livre. Participarão das discussões o advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, e os professores Maureen O sullivan, da Faculdade de Direito da University of the West of England, Pedro Rezende, da Universidade de Brasília, e Wagner Meira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Fonte: DIAP