Direito de greve – Sindicatos devem reforçar campanha

A Fenajufe deu mais um passo importante, esta semana, na campanha contra a aprovação do projeto que restringe o direito de greve dos servidores públicos e orienta que os sindicatos iniciem o processo de mobilização nos Estados. Em reunião na quinta-feira com o relator do PL 4497/01 na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Geraldo Magela [PT/DF], os coordenadores Cláudio Antônio Klein, Antônio dos Anjos Melquíades e Lúcia Bernardes apresentaram ao parlamentar os argumentos da Fenajufe contrários à aprovação da proposta e reivindicaram que o relator não coloque o projeto em votação.

Geraldo Magela disse que não tem urgência em votar o projeto, mas está sendo pressionado pelo governo, pela autora do projeto, deputado Rita Camata [PMDB/ES], e pela sociedade, setores que têm demonstrado bastante interesse na regulamentação da greve no serviço público. O deputado informou que até o dia 15 de julho será realizada uma audiência pública na Câmara sobre o direito de greve e os coordenadores da Fenajufe reivindicaram a participação de pelo menos um representante da Federação e das outras entidades dos servidores federais na mesa de debate da audiência pública.
A reunião com o deputado Geraldo Magela é parte da campanha da Fenajufe contra o projeto anti greve, aprovada em reunião da diretoria executiva no dia 1º de junho, em Brasília. Além disso, a Fenajufe também enviou, esta semana, carta à CUT nacional, pedindo que sua diretoria articule com as demais centrais sindicais a participação na luta contra o projeto.
Na carta, a Fenajufe convida a CUT para “pressionar o governo para que este firme o compromisso de não votar qualquer projeto no Legislativo uma vez que há um GT, formado por representantes do Executivo e da bancada sindical, que discute o direito à negociação coletiva no serviço público federal e por isso essa discussão no GT precede qualquer debate sobre regulamentação do direito de greve; e convocar todos os sindicatos filiados para iniciarem o processo de mobilização e discutir uma data unificada para a realização de um Dia Nacional de Mobilização dos Servidores Públicos com todas as centrais em defesa do direito de greve dos servidores públicos previsto na Constituição Federal”.