Vale-refeição é insuficiente para trabalhador, constata pesquisa

Os brasileiros que usam vales e tíquetes-refeição foram ouvidos numa pesquisa sobre os custos do almoço fora de casa. Os números dão uma idéia da ginástica que os trabalhadores têm que fazer para equilibrar o orçamento.
Nove milhões de trabalhadores pagam as refeições com tíquetes ou vales.
O vale para refeições surgiu no Brasil há 30 anos. No início era de papel agora ele é eletrônico, mas a função continua a mesma, garantir uma boa alimentação para os trabalhadores. A questão é saber se dá. Segundo a última pesquisa o valor médio é de R$ 9 por dia.
A pesquisa da Associação das Empresas de Convênios de Alimentação mostra que o preço médio da refeição, fora de casa no Brasil, ficou em R$ 13,90 em 2006, uma queda de 4% em relação ao ano anterior.
“A alimentação caiu bastante ano passado, alimentação fora e dentro de casa, principalmente pelo fato de alguns bens como, por exemplo, soja, trigo, carne frango caíram bem de preço”, avalia o economista Carlos Thadeu de Freitas.
Mas os donos de restaurantes explicam por que os preços não caíram ainda mais.
“As pessoas pensam que é só comida que a gente compra e manda, mas não é, não é nada disso. O problema é tudo. É o aluguel que eu tenho que pagar, luz, telefone é gás”, conta a dona de restaurante Ana Campos.
É mais caro comer fora de casa na região Centro-oeste, por causa da influência do custo de vida de Brasília: R$ 15,38.
Em seguida vem a região Nordeste: R$ 13,52. Depois o Sudeste: R$ 13,25. O Sul: R$ 12,91. E a região Norte é onde se gasta menos: R$ 11,32. A pesquisa comprovou também o que todo mundo já sabe, os vales acabam sempre bem antes do fim do mês.
“Se quiser comer alguma coisa a mais num domingo, quer comer um contra-filé, aí não dá. Aí tem que comer um sanduíche aí de R$ 1, mas tá bom”, diz contínuo Caio Mendonça.

Fonte: Diap, com informações de O Globo