Teses defendem unidade para aprovar PCSs e barrar projeto que congela salários

A unidade na organização dos trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU e a intensificação das lutas no próximo período para barrar o PLP 549/09 e aprovar os projetos que revisam o salário da categoria [Pls 6613/09 e 6697/09] foram alguns dos desafios apontados nas teses gerais, apresentadas no início da noite deste domingo [28]. Apesar das divergências entre algumas intervenções, especialmente na análise de conjuntura e no debate sobre a permanência da Fenajufe na CUT, a maioria das defesas feitas, diante de um plenário lotado, destacou que somente a luta dos trabalhadores será capaz de garantir avanços para os servidores e impedir que projetos que atacam os direitos da classe trabalhadora sejam aprovados no Congresso Nacional e implementados pelo governo.

Os efeitos da crise do capitalismo e as saídas emergenciais adotadas nos países centrais, no Brasil e na América Latina, também foram alguns dos pontos abordados nesse momento do segundo dia do 7° Congrejufe. Algumas teses também defenderam que a Fenajufe atue em conjunto com as demais categorias do funcionalismo público federal e volte a participar imediatamente da Cnesf [Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais].

Os autores das teses tiveram 12 minutos para apresentar seus textos e a ordem das apresentações foi definida por meio de sorteio. Todos os textos podem ser lidos na íntegra no caderno de teses, distribuído no início do 7° Congrejufe.

A primeira tese geral apresentada foi Defender as organizações dos trabalhadores e avançar nas conquistas! Em defesa da Fenajufe independente e de luta!, defendida pela coordenadora da Fenajufe e presidente do Sintrajuf-PE, Jacqueline Albuquerque; e pelo delegado da base do Sintrajufe-RS Marcelo Carlini. Em seguida, o delegado do Maranhão Acrísio Soares Mota e o coordenador da Fenajufe e do Sintrajufe-MA Saulo Arcangeli defenderam a tese Para organizar, formar, lutar e conquistar os direitos dos trabalhadores judiciários e ministeriais com democracia de verdade e independência de classe.

A terceira tese geral apresentada no noite deste domingo foi Unidade para enfrentar a crise – Uma conjuntura desafiadora, defendida pelos coordenadores da Fenajufe Marcos Santos e Rogério Fagundes. Na sequência, a diretora do Sintrajud-SP Ana Luiza Gomes Figueiredo e o coordernador da Fenajufe Cláudio Klein, apresentaram o texto Por uma Fenajufe que defenda os trabalhadores e o serviço público e rompa com a CUT.

Pela unidade, autonomia e protagonismo da classe trabalhadora! Com a CUT a Fenajufe pode mais foi a quinta tese apresentada na noite deste domingo, pelo coordenador da Fenajufe e diretor do Sintrajufe-RS Zé Oliveira; pela delegada da base do Sindjus-DF Maria da Graça Sousa; e pelo diretor do Sisejufe-RJ Roberto Ponciano. Démerson Dias e Leica Silva, diretores do Sintrajud-SP, apresentaram a tese: A crise neoliberal e a resposta dos trabalhadores judiciários – Uma abordagem articulada.

O delegado de base do Sintrajufe-CE José Jesu, um dos últimos a utilizar o espaço de defesa das teses, explicou o conteúdo do texto Derrotar o governo Lula e seus ataques ao conjunto dos servidores públicos federais através da luta direta! Nenhum apoio as candidaturas burguesas! Abaixo o circo eleitoral da democracia dos ricos!. Por fim, o coordenador da Fenajufe e presidente do Sindijufe-MT, Pedro Aparecido; e a delegada de Mato Grosso Ana Müller, apresentaram a tese Fenajufe classista, internacionalista, fora da CUT governista, e independente de governos e patrões para conseguir o PCS 4 e o plano de carreira e barrar o congelamento salarial do governo Lula.

As questões defendidas nesses nove textos estão sendo debatidas nos grupos de trabalho, que começaram a se reunir na manhã de hoje [29].

Leonor Costa – De Fortaleza