Sindicatos propõem livre trânsito de trabalhadores no Mercosul

Por Marcela Cornelli

A Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul entrega nesta terça-feira (dia 16/12) uma carta aos presidentes dos países do Mercosul, reunidos no encontro de cúpula de Montevidéu, reivindicando uma maior integração “social, econômica e política” entre as nações do bloco. A Coordenadora é formada pelas principais centrais sindicais do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia. Segundo o secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Vaccari Neto, o Mercosul deve ser mais do que uma mera união aduaneira. O documento entregue aos presidentes defende que o Mercosul se concretize como uma integração real, inclusive com o livre trânsito dos trabalhadores entre os países.

Essa possibilidade já foi debatida nas reuniões preparatórias à cúpula, mas enfrenta obstáculos para sair do papel. A proposta que prevê a autorização para contratar até 30% de cidadãos de outros países do bloco não foi aprovada pelo Ministério do Trabalho brasileiro.

Os sindicalistas dos países que integram o Mercosul realizaram uma reunião semana passada em Montevidéu, para debater esses temas. Cerca de mil sindicalistas discutiram um conjunto de questões que afetam trabalhadores e consumidores da região. A carta elaborada no encontro pede mais atenção à educação e ao emprego, além da criação de um programa para correção das desigualdades que existem entre os países do bloco.

Fonte: Agência Carta Maior