Em Assembleia do SINTRAJUSC, servidores da Justiça Federal deliberaram continuar a Greve iniciada dia 14 de agosto até a próxima quarta-feira, dia 10. A del
iber
ação segue o indicativo do Comando Nacional de Greve que se reuniu ontem em Brasília e decidiu con
vocar um “apagão nacional” do Poder Judiciário nessa data.
A Assembleia também decidiu realizar uma força-tarefa para convidar TODOS os trabalhadores na Justiça Federal, do Trabalho e Eleitoral e os colegas do MPU para participarem do Ato Público em Defesa da Autonomia e Independência do Judiciário dia 10.
Conforme a FENAJUFE, 10 sindicatos estão em greve, em nove estados, entre eles: Distrito Federal, São Paulo (duas regiões), Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e a partir de segunda-feira, os servidores de Minas Gerais vão aderir à GREVE. Em outros estados, estão acontecendo atividades de mobilização. Ampliar a GREVE é fundamental para pressionar o Poder Judiciário e o Executivo na realização de um acordo sobre o reajuste.
Seguindo decisão da reunião do Comando Nacional de Greve, a Fenajufe deve dar entrada imediata de ação perante o STF, questionando o corte do orçamento para projetos dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público Federal.
Tramitação
O PL encontra-se na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, seu relator é o deputado Roberto Policarpo Fagundes/PT e tramita em Regime de Prioridade. Depois, o segue para a Comissão de Finanças e Tributação e então para a de Constituição e Justiça. Conforme informação da Câmara, o prazo para Emendas ao texto é de cinco sessões ordinárias a partir do próximo dia oito.
De acordo com Sérgio Mendonça, representante de SC no Comando de Greve Nacional, até o dia 10, diretores da Fenajufe estão buscando apoio de parlamentares à sua aprovação, no Congresso Nacional, bem como estão tentando agilizar sua tramitação nas Comissões.
Todos têm a ganhar com a GREVE
Zaeli Simas dos Santo, trabalhadora há 21 anos na JF, reconhece que há o direito de fazer e o de não fazer a greve, entretanto afirma que é necessário tentar convencer os colegas que não estão em Greve a entrar para o movimento, mostrando que o resultado do movimento, quando vitorioso, é bom para todo mundo. Afirma que vai fazer isso, mais uma vez no seu setor.
‘-Eu tenho esperança de que alguma coisa boa vai acontecer, pois são oito anos sem reposição pra nós servidores. Até porque eu gostaria de me aposentar com um salário maior, diz.'
É isso, Zaeli, vamos lutar por dignidade!
