Para professor, número de votos nulos na Capital significou rejeição aos candidatos

Por Imprensa

A eleição em Florianópolis teve o maior percentual de votos nulos se comparado com as outras cidades do país. Foram 21.038 pessoas ou 9,27% do eleitorado.

O alto número de votos nulos, se comparado com a média anterior de 5% ou 6%, se caracteriza como um fato novo apresentado no segundo turno na capital catarinense.

A opinião é do professor de ciências políticas da Univali e da Unisul, Rogério Santos da Costa. Para ele, isso significa rejeição por parte de uma parcela do eleitorado com relação aos dois candidatos na disputa: Dário Berger (PSDB), que venceu o pleito, e Chico Assis (PP).

Para o professor, esse tipo de nulo não se caracteriza como um desperdício do direito do cidadão em votar, mas uma maneira de protestar contra o fato de haver dois candidatos com linhas políticas próximas.

O cientista político e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Yan Carreirão, também acredita que os votos nulos devem ter saído de uma parcela do eleitorado que antes tinha votado em Sérgio Grando (PPS) ou Afrânio Boppré (PT) e sentiu falta de um representante no segundo turno.

Carreirão relata que chegou a ver dentro da UFSC um grupo pequeno e informal de estudantes fazer campanha pelo voto nulo.

Fonte: Diário Catarinense