Heloisa Helena participa de marcha das mulheres do MST

Por Marcela Cornelli

Aos gritos de “Liberdade, liberdade!” e “Reforma Agrária”, cerca de 600 mulheres iniciaram por volta das 10h25min desta sexta-feira a Marcha Pela Paz promovida pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) em protesto contra a prisão de seus principais líderes no Pontal do Paranapanema.

Mulheres e adolescentes vestidos de branco, com chapéus e bandeiras vermelhas com símbolos do movimento, caminharam sob um sol forte pela rodovia Assis Chateaubriand, bloqueada pela polícia rodoviária, rumo ao centro de Presidente Prudente. Crianças seguiram ao final da marcha, com balões coloridos, dentro de três ônibus.

A marcha está marcada para encerrar agora no início da tarde em frente ao Fórum em SP, onde as mulheres pretendem ler um manifesto para condenar a “criminalização” do movimento e cobrar a libertação de Diolinda Alves de Souza, de 33 anos, esposa de José Rainha Júnior, e de Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho, também presos.

Além dos três, pelo menos outros oito líderes do movimento foram condenados por formação de quadrilha pelo juiz Átis de Araújo de Oliveira, da comarca de Teodoro Sampaio, e estão foragidos. Diolinda, presa no último dia 10 de setembro, na frente de seus filhos João Paulo, de 10 anos, e Sofia, de 2 anos, está na cadeia de Piquerobi enquanto Rainha e Mineirinho estão na penitenciária de Dracena.

Junto com as sem-terra marcham a senadora Heloísa Helena (PT), os deputados João Batista Araújo (PT), o Babá, Luciana Genro (PT-RS) entre outros parlamentares vindos de Brasília para a manifestação, que partiu da sede recreativa dos Sindicato dos Comerciários, nas proximidades do aeroporto de Presidente Prudente. O líder nacional do MST, Gilmar Mauro, também está presente.

Ao defender a libertação de Rainha, Diolinda e Mineirinho, a senadora Heloísa Helena disse que deveriam ser considerados integrantes de quadrilha os “políticos importantes” que fazem do Planalto “um balcão de negócios”. “Uma mulher que mora aqui, junto com seu marido, tem residência fixa e é perseguida dessa forma não contribui de nenhuma forma para a paz no campo”, observou.

Da Redação com informações da BBC Brasil