CUT realiza marcha em defesa da educação pública na abertura do FME

Uma marcha em defesa da educação pública, de qualidade e gratuita está sendo organizada pela CUT para o próximo dia 28, em Porto Alegre [RS]. A marcha acontece no dia da abertura do 4º Fórum Mundial de Educação [FME], que será realizado de 28 a 31 de julho, no ginásio Gigantinho, na Capital gaúcha.

A CUT vai distribuir um documento com críticas ao processo de comercialização da educação e da reforma universitária.

Marcha será pela educação pública de qualidade, gratuita e democrática.
Entidades da educação mostram especial preocupação frente às políticas educacionais implantadas e em curso no país. Poderosos interesses econômicos nacionais e internacionais ao sustentarem políticas induzidas pela Organização Mundial do Comércio [OMC], Banco Mundial [BM] e Fundo Monetário Internacional [FMI] pressionam para que a educação seja transformada num lucrativo mercado de âmbito mundial, desregulamentado, livre de qualquer controle de natureza legal, política ou fiscal.

Entregar a educação brasileira ao livre comércio se inscreve num processo de redução continuada e de cortes no financiamento público e de privatização globalizada das áreas sociais. Esse processo afronta valores éticos, à perspectiva de uma sociedade mais democrática, igualitária e justa, por meio de desenvolvimento sustentável, trazendo sérias conseqüências para a nossa qualidade de vida, nossas identidades culturais, nossa biodiversidade. Coloca em jogo a autodeterminção do nosso povo e a soberania do nosso país.

Se a Constituição for respeitada, a educação brasileira desempenhará importante papel na obstrução desse processo, no combate de mais essa afronta e impedir essas perversas conseqüências. É inadmissível que a educação brasileira seja transformada em mercadoria e impedida de continuar cumprindo suas funções sociais.

Por essas razões, os organizadores desta marcha alertam a sociedade sobre os resultados anti-sociais das políticas mencionadas e exigem que os governos federal, estaduais e municipais não subscrevam a inclusão da educação e da pesquisa no Acordo Geral sobre Comércio de Serviços [GATS], da OMC. A função dessas três esferas de governo é cumprir a Constituição Federal, garantindo educação pública, gratuita, democrática, laica, de qualidade social, para todos, em todos os níveis e modalidades. (Fonte: CUT/RS)