Crescimento da presença feminina na magistratura brasileira

O juiz típico brasileiro é do sexo masculino, tem 50 anos, é branco e vem de uma família com grau de instrução médio, mas esse é um quadro em transformação. A tendência da média de idade é baixar. Um indicativo disso – não uma evidência estatística – é que o juiz mais jovem tem 24 anos. Esses dados são também proporcionados pela tabulação da pesquisa encomendada pela AMB.
O avanço mais importante constatado se refere ao crescimento da presença feminina na magistratura. Na média, 77% são homens, mas o crescimento é notório. Em 1960, as mulheres eram pouco mais de 2% dos juízes do país. No final dos anos 70, elas já eram 8% e, dez anos mais tarde, chegavam a 14%. Hoje, elas são 23%. “São várias as conclusões a que podemos chegar. A primeira é da consagração do concurso público como a porta de acesso ao Judiciário”, observa o presidente da AMB, Rodrigo Collaço. A pesquisa mostra que 30% dos juízes são filhos de pais que não têm o segundo grau completo e ingressaram na magistratura depois de sete anos do fim da faculdade.
Um dos objetivos da pesquisa foi revelar o perfil dos integrantes do Judiciário em âmbito nacional e regional. Os filiados tiveram até o dia 15 de julho para responder às perguntas, que foram tabuladas e analisadas em pouco mais de dois meses e meio.

Fonte: Espaço Vital