CNESF concede hoje entrevista coletiva à imprensa para falar sobre a reforma da Previdência

Por Marcela Cornelli

A Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais (Cnesf) convocou a imprensa para uma entrevista coletiva que será realizada hoje (9/10), às 15h, na sede do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior), para falar sobre a reforma da Previdência, abordar o livro A Face Oculta da Reforma Previdenciária, do advogado Magno Mello.

Na coletiva, a Cnesf também pretende anunciar publicamente o repúdio das entidades à atitude do ministro Luiz Gushiken de atentar contra a liberdade de imprensa na ação que encaminhou à Justiça Federal, utilizando a Advocacia-Geral da União, contra a jornalista Maria Carla Lisboa, assessora da Cnesf e autora da reportagem A Irmandade dos Fundos de Pensão, publicada no Jornal Planalto Central e no boletim desta entidade – a qual relata uma série de episódios suspeitos envolvendo interesses particulares do ministro e de seu grupo com a reforma.

Algumas entidades farão novas e contundentes denúncias – todas documentadas e fundamentadas – a respeito deste assunto, que atinge e interessa profundamente não apenas aos servidores, mas ao conjunto da sociedade.

No dia 16 do mês passado, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, deu entrada na 12ª Vara de Justiça Federal a um pedido de explicação à jornalista Maria Carla Lisboa alegando ter se sentido atingido em sua honra e ao cargo que ocupa pela reportagem mencionada.

Na matéria, a jornalista relembra a trajetória pública do ministro, desde sua atuação no movimento sindical até o trabalho que desempenhou nos três mandatos como deputado federal, ocasião em que se especializou em previdência complementar, suas ligações com pessoas que indicou para cargos-chave no governo, como o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, também oriundo do movimento dos bancários paulistas. A matéria também fala do escritório de consultoria para criação de fundos de pensão que o ministro abriu com dois sócios em São Paulo, o qual formulou a proposta privatista de reforma da Previdência encaminhada pelo atual governo ao Congresso Nacional.

Fonte: FENAJUFE