A semana que se encerra foi a mais produtiva desde que começamos a greve, com a abertura de negociações cuja importância já foi analisada no boletim de ontem. Talvez movidos pelos avanços outros estados que ainda não haviam entrado na greve começaram a aderir. E olhem que faltam poucos. Hoje ainda acontecem assembléias no Ceará e podemos ter novas adesões na semana que vem.
A mudança de posição do Ministério do Planejamento foi fruto direto da greve que como todas as demais é monitorada por eles, embora no site do MPOG tenham escrito que a greve nacional começou na quarta-feira. Faz parte da tática patronal de tentar minimizar os efeitos da mobilização. A guerra de informações faz parte das armas do outro lado. O importante é termos como referência sempre as informações oficiais do Sindicato e da Fenajufe. As novas adesões em SC mostram que a categoria está consciente da necessidade da greve.
Na próxima terça-feira teremos um grande Ato em frente ao Ministério do Planejamento organizado pelo servidores de Brasília para mostrar a cara da greve ao Ministro que tem o poder de resolver nosso problema fechando um acordo para aprovação do PCS.
Nesse dia vamos realizar grandes atos nos estados e convocamos todos os que ainda não entraram na greve por qualquer razão a aderir e participar da mobilização. Queremos chamar todos os companheiros do interior a mandarem caravanas a Florianópolis e fazermos uma grande manifestação digna das nossas lutas históricas para mostrar ao governo que só voltaremos ao trabalho com o PCS aprovado.
Comando nacional quer todos os estados parados
A greve em Brasília está forte e o ato de ontem em frente ao STF reuniu aproximadamente 2.000 servidores, fez muito barulho com apitos, buzinas e foguetes e cumpriu seu papel de mostrar a cara da greve. No final, a assembléia realizada ali, referendou a continuidade da greve por tempo indeterminado e elegeu os delegados para a reunião ampliada.
O Comando de Greve passou o dia contatando estados que ainda não entraram no movimento para tentar ajudar. Hoje um membro do Comando Nacional está no Ceará para acompanhar uma rodada de assembléias nas três Justiças e levar argumentos em favor da deflagração da greve. Até ontem à noite o STF ainda não tinha uma proposta de pagamento do PCS para apresentar ao Planejamento. Era dia de sessão e a pauta do Presidente resumiu-se a isso. Segundo o Diretor de Recursos Humanos do Supremo, que está encarregado do assunto, várias possibilidades foram cogitadas para pagamento a partir de 2011 mas só poderia adiantar alguma coisa após reunião com Peluzzo. Os membros do Comando de Greve o alertaram que a categoria não aceitará nada que não contemple o inicio imediato da implementação bem como nenhuma alteração na estrutura das tabelas propostas.
O começo das negociações não garante que as propostas cheguem onde queremos. O jogo de força está longe de terminar e não podemos relaxar um segundo sequer. Daí a importância das manifestações terça-feira em todo o pais e o ato em Brasília em frente ao Ministério do Planejamento, onde poderá estar havendo a reunião entre os três poderes que o Ministro e os deputados da comissão do trabalho se comprometeram a articular.
