Reajuste zero para Judiciário é afronta. Vamos levar desaforo para casa ou vamos lutar?

Por Caio Teixeira
Coordenador de Comunicação do SINTRAJUSC

Todas as categorias que apostaram na greve estão negociando acordos e conquistando alguma forma de reajuste bem diferente de zero e bem diferente também da proposta inicial do governo.

Chegou a vez do Judiciário lutar ou se transformar numa das únicas categorias que não vão levar nada.

É importante também ressaltar que as greves estão sendo bem mais curtas do que tem sido nos últimos anos.

Amanhã vamos fazer nova paralisação e decidir em Assembléia Geral às 16 horas se vamos nos juntar aos demais estados onde o Judiciário já está em greve.

O próprio STF alertou o governo que reajuste zero é inaceitável. O aumento da GAJ foi colocado como muma saída emergencial.

Por outro lado, a comissão criada na segunda-feira pelo STF com a participação da Fenajufe, se destina a estudar e elaborar proposta de revisão do PCS tendo por base o mesmo paradigma do PCS de 2002, ou seja, o TCU.

Acontece que, de lá para cá, o TCU promoveu diversas alterações no seu PCS, dentre elas o aumento da gratificação equivalente à GAJ para 50% e a criação de uma nova gratificação de caráter permanente, com valores equivalentes a uma FC 2 para o nível médio e a uma FC 4 para o nível superior.

A proposta que pretende servir de base para os estudos – que deverão se transformar em projeto de lei – prevê também, por exemplo, a ocupação de FC´s 1 a 6 exclusivamente por servidores do quadro do Judiciário Federal. Esta proposta foi elaborada pelo SINDJUS-DF e está à disposição de todos na página do SINTRAJUSC, na Internet (www.sintrajusc.org.br)

A direção da Fenajufe orienta todos os sindicatos a fazerem a discussão de tal proposta, sob todos os aspectos (se é cabível lutar por ela, seu conteúdo, etc.) até este sábado quando realizaremos uma Reunião Ampliada da Executiva da Federação para avaliar a greve e deliberar sobre o assunto.

É importante que quem puder examine o projeto e venha participar da discussão amanhã à tarde durante a paralisação, em frente ao TRT.

É preciso deixar claro que a reivindicação de aumento da GAJ está colocada como parte da negociação neste momento entre governo e servidores e, portanto, exigimos aplicação imediata, ao contrário da revisão do PCS que, caso seja endossada pela categoria, deverá ainda ser fruto de estudo e elaboração.

Quem decide sobre o que vamos defender e pelo que vamos lutar é a categoria em assembléia. Portanto, não deixe de participar e exercer seu poder de opinião e de voto. Ele é fundamental para que nossas lutas tomem sempre o rumo certo. E o rumo certo é aquele que a categoria soberanamente indicar.

TODOS À GREVE E À VITÓRIA!