Professores da UFSC indicam saída de greve ao Comando Nacional

Reunidos em Assembléia na tarde desta quarta-feira, 7 de dezembro, os professores da UFSC aprovaram o indicativo de saída de greve no dia 19 de dezembro, a ser levado ao Comando Nacional de Greve, para ser apreciado em uma rodada de assembléias pelo Brasil na semana que vem.

A votação foi dividida em etapas, com os resultados sendo os seguintes:

1. A greve continua?
Sim: 26 votos

Não: 202 votos

Abstenções: 4 votos

2. Condição de saída da greve:
Saída unificada nacionalmente: 143 votos

Saída isolada da UFSC: 89 votos

Abstenções: 5 votos

3. Indicativo a ser levado ao CNG:
Sem data: 67 votos

Com data: 139 votos

Abstenções: 2 votos

4. Qual data indicativa de saída?
14/12: 82 votos

19/12: 105 votos

Abstenções: 5 votos

279 professores assinaram a lista de presença da Assembléia.

A AG também aprovou uma panfletagem a ser realizado durante os dias do vestibular.

Os professores da Ufsc estão parados há cerca de cem dias. A proposta foi encaminhada ao conselho nacional da categoria e o presidente da Associação dos Professores da UFSC (Apusfc), Carlos Soares, espera uma resposta até o final desta semana. Um novo cronograma de aulas deve ser discutido com o Conselho Universitário, mas, mesmo com o fim da greve, as aulas devem ser retomadas apenas no próximo ano.
A assembléia de ontem demorou quase quatro horas. Soares diz que, com a apresentação de um projeto de lei voltado para as reivindicações dos professores, a categoria passa a negociar com o Congresso e não mais com o governo federal. “O diálogo com o governo foi encerrado. Mas o movimento não acabou. Na negociação com o Congresso, a greve poderá ser retomada em fevereiro”, explica. Cerca de 280 professores participaram da assembléia de ontem, sendo que 202 votaram a favor do indicativo pelo fim da greve. A UFSC conta com cerca de 1500 professores efetivos e 370 substitutos.
Os professores pedem reajuste de 18% como parte de recomposição salarial, retomada dos anuênios e a realização de concursos públicos para reposição de todas as vagas nas instituições federais de ensino superior. A categoria pede, também, a abertura imediata da discussão em torno da carreira única para os docentes das instituições federais, com definição de calendário de trabalho.
Ontem, os servidores técnicos-administrativos que, na segunda-feira, retomaram o trabalho após 106 dias de greve, também realizaram assembléia para avaliar o resultado do movimento. Na sexta-feira, eles realizam novo encontro com a proposta de concluir um documento oficial de avaliação da greve a ser encaminhado para a plenária nacional agendada para este final de semana.

Fonte: Apufsc e Jornal A Notícia