Na CPI dos Correios, UNE e UBES dão uma prévia do que será a participação dos estudantes na marcha contra a corrupção no dia 16

A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas deram nesta quinta-feira, 11 de agosto, Dia do Estudante, uma pequena amostra do que acontecerá em Brasília no próximo dia 16 de agosto. Com palavras de ordem e as caras-pintadas de verde e amarelo, os jovens deram seu recado contra a corrupção e em defesa da Reforma política, em um protesto pacífico em frente ao plenário da CPI dos Correios defendendo a reforma política.
De acordo com o presidente da Ubes, Marcelo Gavião, o protesto em frente à CPI “foi realizado para anunciar, divulgar e mobilizar ainda mais brasileiros em torno da defesa da Reforma política como um dos instrumentos de superação da crise política. Nós vamos mostrar que os estudantes estão indignados, mas somos ingênuos e não serviremos de tropa de choque para desestabilizar o Governo”.
Convocado pela Coordenação dos Movimentos Sociais, o ato do dia 16 reitera o compromisso histórico de luta deste povo e exige a apuração de todas as denúncias de corrupção, a punição de todos os envolvidos, e sai em defesa de uma profunda e democrática Reforma política.
Segundo o presidente da UNE, Gustavo Petta, a manifestação popular do dia 16 mostrará a todos que os brasileiros querem que aqueles que cometeram crimes, independentemente do partido ou da posição que ocupam, sejam responsabilizados e punidos exemplarmente. Ressaltando ainda a necessidade de se apresentar alternativas à sociedade. “Vem daí a importância da Reforma política, com financiamento público das campanhas e fidelidade partidária. Do contrário, e isso é nossa principal preocupação, prevalecerá a descrença e a aversão à vida política. E neste caso, todos sabemos, quem perde é a democracia brasileira”, avalia Petta.
Para João Lopes, representante da CUT, a manifestação é fundamental para exigir “a apuração das denúncias, a mudança no política econômica, a manutenção do mandato do governo e a sua reaproximação com suas bandeiras originais”.
O presidente da Ubes, Marcelo Gavião, lembra que os estudantes têm uma responsabilidade histórica em defesa da ética na política. “Foi assim no Fora Collor, quando tiramos um presidente corrupto do poder, e não será diferente agora”. No que diz respeito às especulações sobre a relação do presidente Lula com os escândalos, Gavião afirma que o movimento estudantil acompanha com atenção os desdobramentos das investigações, mas acredita ser precipitado qualquer tentativa de responsabilização do presidente.

Força na mobilização

Além de milhares de estudantes de Brasília e da região do Distrito Federal, desembarcarão na capital do país manifestantes de todo o Estado de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros. Estão sendo realizadas diariamente reuniões com os encarregados das entidades para a organização e mobilização da manifestação.
O membro da CMS, representante da Frente de Entidades Populares do Distrito Federal e entorno, Nilson Reis, garante que de cada lugar “onde a CMS existir virão manifestantes para Brasília”.

Fonte: Diário Vermelho