Ato contra pedágio na BR-101 será sábado (28), às 9h

 
 Representantes de Movimentos Sociais e Sindicais participaram neste sábado, dia 28, de um ato contra o Pedágio na BR-101 em Santa Catarina. A concentração foi feita no Largo da Alfândega, ao lado do Mercado Público de Florianópolis, às 8 horas da manhã. De lá, os manifestantes seguiram para o município de Palhoça onde foi dada a continuidade do protesto.
 
Você é contra o Pedágio?
 
 Na Idade Média as estradas pertenciam aos senhores feudais e Reis. Para transitar por elas, a população tinha que pagar uma taxa, um pedágio. Parece que a prática medieval perdura, apesar dos ditos tempos modernos. Santa Catarina estava livre dessa prática medieval há até pouco tempo atrás.
 
 Hoje, quem trafega de carro pela BR’s 101 e 116 no trecho Catarinense tem que desembolsar R$ 1,10. Para motocicletas o valor é a metade e para caminhões a cobrança é feita pelo número de eixos. A paz do motorista não acaba só quando ele paga pela segunda vez para trafegar nas BR’s, já que as obras de duplicação foram realizadas com dinheiro público, mas também quando ele chega próximo ao Município de Garuva, onde as filas chegam à 10 km devido as obras inacabadas na rodovia. O mesmo acontece trecho sul do Estado, entre o Morro dos Cavalos e o Rio Grande do Sul.
 
   Depois de enfrentar o trânsito e as más condições da pista em alguns trechos, o motorista tem mais uma surpresa: A pilhagem do Senhor Feudal. São duas praças de pedágio na BR-101 do trecho catarinense e uma na BR-116. Para aumentar a indignação do cidadão, o dinheiro arrecadado vai para uma empresa Espanhola, que venceu a concorrência para exploração do pedágio nas rodovias. Além de rasgar a Constituição Federal que garante o direito de ir e vir do cidadão, a cobrança do pedágio tão somente enriquece uma empresa privada e estrangeira. Depois de tanto dinheiro público gasto com as rodovias Federais, o brasileiro paga mais uma vez.
 
   Em Florianópolis os Movimentos Sociais impediram a cobrança do pedágio na SC-401, que liga o centro ao Norte da Ilha. Diversas atividades foram realizadas para impedir que o direito do morador de Florianópolis fosse usurpado pela ganância e incompetência dos gestores públicos, que mesmo com as altas tributações, argumentavam a falta de recursos para garantir a manutenção da rodovia estadual. O pedágio não saiu, a mobilização da população e dos movimentos organizados impediu esse abuso e hoje podemos constatar que a cobrança do pedágio na SC não era necessária, dada à condição atual da rodovia. O mesmo argumento tem sido usado em relação às rodovias federais, mesmo depois dos gastos já contabilizados com as obras de duplicação e manutenção das estradas.
 
    E dentro desse contexto e dessa perspectiva que os Movimentos Sociais organizados retomaram a luta pólo direito do cidadão.