– VIGÍLIA NA PORTA DO SUPREMO: servidores em Brasília!

A Fenajufe reuniu na noite desta quarta-feira [10] servidores de vários estados em mais uma atividade nacional pela aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Dirigentes da Federação e representantes dos sindicatos filiados participaram da vigília nacional, em frente ao Supremo Tribunal Federal [STF]. Segurando velas e faixas com os dizeres “Judiciário independente é Judiciário forte”, MPU independente é MPU forte” e “Dilma, não retire direitos e nem congele o salário dos servidores. Abaixo o PLP 549/09”, os manifestantes cobraram das cúpulas do Judiciário e do MPU e do governo federal o fechamento de um acordo para aprovar os planos de cargos e salários. A noite foi animada com o batuque da bateria da Escola de Samba do Valparaíso-GO.

Em nome da Fenajufe, o coordenador geral Saulo Arcangeli deu os informes sobre as atividades realizadas durante o dia, com destaque para a pressão na Comissão de Trabalho e Serviço Público [Ctasp] da Câmara, que garantiu a retirada de pauta do PL 1992/07, que institui a previdência complementar no serviço público. Saulo ressaltou, ainda, que a vigília era uma atividade de pressão, que tinha como objetivo cobrar dos tribunais o envio do orçamento ao Ministério do Planejamento com os valores do PCS. “Precisamos também cobrar do governo, que insiste nos argumentos de reajuste zero para o funcionalismo público federal. Em todo o país, estão sendo construídas greves de várias categorias. E se o governo continuar com essa postura de não negociar, no final de agosto haverá uma greve unificada de todo o funcionalismo”, afirmou Saulo, convocando todos os sindicatos a participarem do ato nacional no dia 24 de agosto. “Temos que estar preparados para a grande luta que ainda teremos que travar com esse governo e com o Congresso Nacional”.

Os servidores presentes também fizeram uma saudação aos estados da Bahia, Mato Grosso e Pará, que ainda estão em greve pela aprovação do PCS. “Estamos em greve desde o dia 1º de junho, sofrendo pressão das administrações. Seguimos nessa luta com os companheiros do Pará e de Mato Grosso, mas a nossa expectativa é que a greve ressurja em todo o país”, disse Rogério Fagundes, coordenador geral do Sindjufe-BA.

Representantes dos outros sindicatos presentes na vigília também deram seu recado, em nome dos servidores de seus estados. “Nunca conquistamos reajuste salarial sem enfrentar dificuldades e sem greve forte em todo o país. Tenho certeza que chegaremos à vitória, mas para isso precisamos intensificar as mobilizações. No dia 24, vamos sair daqui do STF rumo ao Palácio do Planalto”, afirmou Iracema Pompermayer, presidente do Sinpojufes-ES.

Participaram também da manifestação representantes Sindijufe-MT, Sindjus-DF, Sindjufe-BA, Sintrajufe-RS, Sitraemg-MG, Sintrajud-SP, Sindjufe-MS, Sinje-CE, Sintrajufe-CE, Sintrajuf-PE, Sintrajufe-MA, Sitra-AM/RR e Sindjus-AL.

Governo não apresenta nada ao funcionalismo
No início da vigília, os diretores da CUT nacional Júlio Turra e Quintino deram uma saudação aos servidores do Judiciário Federal e do MPU em nome da central. Na tarde de hoje [10], dirigentes da CUT e de outras entidades sindicais se reuniram com a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, oportunidade em que reivindicaram o atendimento, por parte do governo, da pauta unificada dos servidores federais. Segundo Júlio Turra, até o momento não foi dada qualquer resposta concreta às reivindicações do funcionalismo.

“Reafirmamos, no encontro, que desde abril fazemos parte dessa mesa que não avança em nada”, disse Júlio Turra. Segundo ele, a ministra informou que na próxima semana o governo deverá apresentar uma contraproposta à pauta do funcionalismo público federal. Míriam Belchior teria dito no encontro que a ideia do governo é negociar as pautas específicas das categorias.

Além de expressar o apoio à luta da categoria pela aprovação dos PCSs, os diretores da CUT reforçaram a importância da participação da Fenajufe e dos sindicatos na jornada nacional de luta, no dia 24 agosto, organizada pelo Fórum de Entidades dos Servidores Públicos Federais, centrais sindicais e o MST. “O movimento tende a crescer por falta de uma resposta concreta do governo”, finalizou Júlio Turra. Da Fenajufe – Leonor Costa